Compositor: Horacio Guarany
Se o cantor se cala, a vida se cala
Porque a vida, a própria vida, é toda uma canção
Se o cantor se cala, morre de espanto
A esperança, a luz e a alegria
Se o cantor se cala, ficam sozinhos
Os humildes garotos que vendem jornais
Os operários do porto se benzem
Quem lutará pelo salário deles
O que será da vida se quem canta
Não ergue sua voz nos tribunais
Pelo que sofre, pelo qual não tem
Nenhuma razão para andar sem manta
Se o cantor se cala, morre a rosa
De que serve a rosa sem o canto
O canto deve ser luz sobre os campos
Iluminando sempre os de baixo
Que o cantor não se cale, pois o silêncio
Covarde abriga a maldade que oprime
Os cantores não sabem de conspirações
Jamais se calarão diante do crime
Que todas as bandeiras se ergam
Quando o cantor se manifestar com seu grito
Que mil guitarras sangrem na noite
Uma canção imortal ao infinito
Se o cantor se cala, a vida se cala